'Bom dia, Sr. presidente'
Precisamente às 6h35 da manhã desde sábado, 22 como o número de urna, o ex-presidente Jair Bolsonaro entrou, preso, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Em junho, durante o julgamento do “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado, o deputado federal Alexandre Ramagem tentou convencer o relator do processo, Alexandre de Moraes, de que documentos de cunho golpista produzidos por ele, Ramagem, quando era chefe da Abin eram apenas rascunhos pessoais nunca enviados ao então presidente Jair Bolsonaro.
Como ironizou Moraes na época, apenas “meu querido diário”, ainda que os documentos mencionassem “total certeza de que houve fraude nas eleições de 2018, com vitória do Sr. no primeiro turno”, depois de começarem com “bom dia, Sr. presidente”.
“Bom dia, Sr. presidente”: precisamente às 6h35 da manhã desde sábado, 22 como o número de urna, o ex-presidente Jair Bolsonaro entrou, conduzido, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, preso preventivamente para manutenção da ordem pública após seus filhos convocarem uma “vigília” com o objetivo de tumultuar a prisão iminente do pai por golpe de Estado.
É a mesma Polícia Federal que Bolsonaro tentou subordinar à República do Vivendas da Barra quando intentou enfiar um amigo dos seus filhos, Ramagem, como diretor-geral da instituição, em 2020, sendo impedido pelo STF por desvio de finalidade do ato e inobservância dos princípios constitucionais da impessoalidade, moralidade e interesse público.
Condenado junto com Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, Ramagem, semanas atrás, meteu o pé para os Estados Unidos da América. Segundo a mídia corporativa, a fuga de Ramagem também pesou na decisão de prender Bolsonaro preventivamente. Moraes determinou a prisão preventiva de Bolsonaro horas após determinar a prisão preventiva do fujão.
Jair Bolsonaro foi preso. Alexandre Ramagem é foragido da Justiça. O Brasil segue de pé.




E foi divulgado há pouco que o bonito ainda tentou romper a torbozeleira. Isso consta como motivação da prisão, na decisão. Claramente, tentava fugir.
Eita porra
Finalmente 64 vai ficando para trás.