Ele está de volta
“O pato está triste porque não gosta de aumento de imposto. Esse negócio do IOF não deixou ele feliz não”.

O velho Paulo “Pato Amarelo” Skaf está de volta à presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), quatro anos depois de ter deixado o posto. Sua chapa única foi eleita pela “burguesia” paulista nesta segunda-feira, 4, por 99 votos a um (em branco), em processo conduzido por uma comissão eleitoral que contou, por exemplo, com Ives “Artigo 142” Gandra Martins.
Skaf só reassume a cadeira na Avenida Paulista em janeiro de 2026. Em entrevista publicada terça-feira, 5, no Estadão, ele aponta para a miniatura de borracha do pato amarelo que mantém sobre a mesa do seu escritório e diz, como quem avisa que vai pintar o caneco em ano eleitoral: “o pato está triste porque não gosta de aumento de imposto. Esse negócio do IOF não deixou ele feliz não”.
Paulo Skaf disse ainda ao Estadão que o tarifaço de Donald Trump contra o Brasil é fruto de “provocação” do governo Lula aos EUA, e disse isso horas depois de a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se manifestar dizendo que não irá se manifestar, que não irá orientar seus associados sobre a aplicação da Lei Magnitsky - lei estrangeira - ao cidadão brasileiro Xandão em território nacional.
A Febraban “liberou a bancada” para acatar ou não a sanção de Donald Trump a Alexandre de Moraes um mês depois de o presidente da entidade, Isaac Sidney, dizer ao mesmo Estadão o mesmo que diria o pato da Fiesp: “se o ajuste fiscal não for por bem, terá de ser por mal”.
A Fiesp existe desde 1931. A Febraban foi fundada em novembro de 1967, no mesmo dia em que o general Costa e Silva assistiu à operação Unitas VIII à bordo do porta-aviões Minas Gerais. Naquele dia, pisando o convés do navio, o segundo ditador da ditadura disse que repudiava a ditadura e disse ainda como diriam Jair, de casa, e Eduardo Bolsonaro, do Texas: “o Brasil está unido a nações que defendem a liberdade”.
A Febraban tem em seu site uma seção chamada “golpes”. Calma, são os golpes do boleto, do Pix, da maquininha quebrada e da oferta imperdível.