Este caramanchão de nióbio, minha prisão
Atenção senhor passageiro: próxima parada, Papuda.

Leitora, leitor, a parada é a seguinte: Jair Bolsonaro está preso, ainda que em casa, após descumprir reiteradamente as medidas cautelares impostas a ele por financiar a conspiração do seu filho Eduardo com potência estrangeira contra o Brasil, entre outros crimes.
E na penúltima das 25 páginas da decisão desta segunda-feira, 4, Alexandre de Moraes informa a próxima parada do ex-presidente: “o descumprimento das regras da prisão domiciliar ou de qualquer uma das cautelares implicará na sua revogação e na decretação imediata da prisão preventiva”.
E tem gente que, para não ter que descer na próxima parada, até oferece a potência estrangeira os minerais críticos do Brasil, como seria de se esperar de gente que há não muito tempo - lembra? - fazia live de dentro do Palácio para vender bijuteria de nióbio.
Agora, parafraseando Coleridge, “este caramanchão de nióbio, minha prisão”.
Não é belo, não é recatado, mas Jair Bolsonaro agora, quem diria, é do lar.