Flavio na Aman: um pouco de 'pundonor' não faz mal a ninguém
Nesta segunda, a Academia Militar das Agulhas Negras recebeu cheia de bajulações o senador Flavio Bolsonaro, integrante da “familícia” que se aliou a potência estrangeira para atacar o Brasil.

No último sábado, 16, a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) entregou espadins a 404 cadetes do 1º ano da Turma General Leônidas Pires Gonçalves, exigindo dos futuros oficiais do Exército Brasileiro, para toda a vida, honra, lealdade, culto ao civismo, sentimento nacionalista e amor à pátria.
Como os sarrafos andam baixos demais, ninguém se espantou quando, nesta segunda-feira, 18, dois dias depois daquelas exortações aos “cadetes de Caxias”, o comandante da Aman, general Marcus Vinicius Gomes Bonifácio, estendeu o tapete vermelho da “fábrica de oficiais” do Exército a um notório traidor da pátria amada, Brasil.
Nesta segunda, a Aman recebeu cheia de bajulações o senador Flavio Bolsonaro, integrante da “familícia” que se aliou a potência estrangeira para atacar o Brasil e que semanas atrás chegou a dizer, o primogênito do réu, que o país deveria entregar nacos de soberania aos EUA para livrar seu pai da prisão.
Ou, nas palavras do próprio senador que tenta chantagear o país onde nasceu à moda das extorsões milicianas na Baixada de Jacarepaguá, “cabe a nós a responsabilidade de evitar que duas bombas atômicas caiam aqui no Brasil para, só depois, anunciarmos uma anistia”.
“Nesse local o senhor nasceu”, disse o general Vinicius a Flavio Bolsonaro nesta segunda, dentro da Aman, apontando uma tela onde passavam imagens da antiga maternidade da academia, que, conforme prosseguiu o general, “hoje é um centro cirúrgico, recuperado com os recursos que o senhor deu na LOA de 23”.
As imagens estão em vídeo postado por Flavio nas redes sociais. No vídeo, aparece ainda um militar da Comissão de Obras da Aman diante de uma usina fotovoltaica e dizendo ao senador ser “uma honra para nós receber o senhor aqui para conhecer e inaugurar essa usina que só foi possível com o aporte financeiro do senhor”.
O general Leônidas Pires Gonçalves, que dá nome à turma do espadim de sábado na Aman, foi o primeiro ministro do Exército após o fim da ditadura, entre 1985 e 1990. Sobre o comportamento do então capitão Jair Bolsonaro, o general Leônidas dizia ser “aético e incompatível com o pundonor militar”.