Olho nos que querem um Brasil de Vichy
“Não discutimos a lei, nós cumprimos a lei”, ou pode chamar de “um manda, o outro obedece”.
O executivo-chefe do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou à imprensa que o banco está aguardando pareceres jurídicos sobre o alcance da Lei Magnitsky, a lei-sanção estadunidense aplicada por Donald Trump contra Alexandre de Moraes. Mas Noronha adiantou: “não discutimos a lei, nós cumprimos a lei” - a lei dos outros.
Portanto à moda Pazuello: “um manda, o outro obedece”.
Diria o mesmo - “não discutimos a lei, nós cumprimos a lei” ou “um manda, o outro obedece” - o antecessor de Marcelo Noronha no cargo, Octavio de Lazari Jr., aquele que às vésperas das eleições de 2022, no meio dos ataques do Exército ao processo eleitoral, divulgou um vídeo institucional do Bradesco contando que ainda era o mesmo de quando serviu no 39º Batalhão de Infantaria Motorizada, em 1982, e dizendo que “o soldado 939 Lazari” continuava “de prontidão”.
Devem ter dito o mesmo - “não discutimos. Obedecemos” - os banqueiros de Paris, Lyon, Estrasburgo e Marselha, acerca de decisão estrangeira sem amparo no ordenamento interno, quando os nazistas avançaram pelas Ardenas para aplicar na França a lei do Serviço de Trabalho Obrigatório.
Com o Brasil na mira das big techs e do seu aríete, o maior líder fascista do século XXI; com tanta gente graúda “de prontidão” para aderir a um eventual Brasil de Vichy - do maior partido do Congresso Nacional a banqueiros-pazuellos, passando por setores da mídia oligárquica -, é bom ficar de olho nisso, de olho neles, no mínimo colar neles desde já a pecha da vergonha.
E se a Receita Federal ficar de olho neles...