'Os trabalhadores nada têm a perder a não ser o grau de investimento'
Nesta semana, houve festa na esquerda por um Ba1 da Moody’s e euforia com um "investment grade" apontando no horizonte.
“Vivemos novamente em um mundo de duas superpotências. Há os Estados Unidos e há a Moody’s. Os Estados Unidos podem destruir um país com bombardeios, enquanto a Moody’s pode fazer o mesmo rebaixando a nota de seus títulos”, escreveu Thomas Friedman quase 30 anos atrás, quatro anos após o fim da Guerra Fria, em um artigo publicado no New York Times em fevereiro de 1995.
Pedro Lange Netto Machado, doutor em Ciência Política pela UERJ, e Patrícia Fonseca Ferreira Arienti, doutora em Ciência Econômica pela UFPR, lembraram desse excerto de Thomas Friedman logo na abertura do seu artigo publicado em 2020 sobre como as agências de rating ajudaram a destruir, de resto, o segundo mandato de Dilma Rousseff.
“As agências não apenas declararam apoio explícito à oposição ao governo nas eleições de 2014, mas passaram a atuar, …