'Poderia ter tido problema quando eu estivesse no ar'
Sobre a gravíssima nova ocorrência com um avião da FAB onde estava o presidente Lula, um ano depois de Lula ficar cinco horas sobrevoando a Cidade do México num avião com problema no motor.

No ano passado, por motivo de genocídio, o presidente Lula mandou cancelar uma compra de 36 obuseiros pelo Exército Brasileiro junto a uma transnacional “israelense” baseada em Haifa que fornece 8 em cada 10 equipamentos militares terrestres usados pelas “Forças de Defesa de Israel” na limpeza étnica da Palestina.
Na época, o ministro da Defesa, o civil quatro estrelas José Múcio Monteiro, voz do Forte Apache, protestou desonestamente, como é do seu feitio, num evento da Confederação Nacional da Indústria: “Houve agora uma licitação. Venceram os judeus, o povo de Israel. Mas por questão da guerra, do Hamas, por questões ideológicas, não podemos aprovar”.
Porém, tal e qual os estojos com joias contrabandeados do Oriente Médio por um almirante da Marinha brasileira no governo Bolsonaro, um contrato das Forças Armadas do Brasil com a Elbit Systems foi brecado em meio ao genocídio do povo palestino, mas outro passou.
Em setembro do ano passado, a Força Aérea Brasileira assinou um contrato de R$ 50 milhões com a AEL Sistemas para “reposição de aeronave Hermes RQ-900”. A Hermes RQ-900 é um drone, a AEL Sistemas é a subsidiária da Elbit Systems no Brasil e a Elbit Systems fornece 85% dos drones usados pelas “Forças de Defesa de Israel” para aterrorizar a Faixa de Gaza.
Enquanto comprava um drone por R$ 50 milhões de uma empresa cujos drones costumam ser “testados em combate” nos territórios palestinos ocupados antes de serem lançados no mercado global, como mostra o livro “Laboratório Palestina”, do jornalista australiano Antony Loewenstein; enquanto isso, a FAB deixava o presidente Lula dando voltas no céu da Cidade do México num avião bichado, com problemas no motor, ao longo de cinco horas. Vamos repetir: cinco horas.
Foi o que aconteceu no dia 1º de outubro do ano passado. Lembra?
Um ano e dois dias depois, nesta sexta-feira, 3, um outro avião da FAB onde estava o presidente Lula apresentou falha no motor antes de decolagem do Pará para o Maranhão. Lula relatou que teve de deixar o avião às pressas.
“Eu só tenho que agradecer a Deus porque poderia ter tido problema quando eu estivesse no ar. E teve quando eu estava em terra. Ainda tivemos que descer do avião por medo que o avião pegasse fogo”, disse o presidente nesta sexta em entrevista à TV Liberal, de Belém.
Vejamos se dá o ar da graça o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da FAB. Vejamos se o ministro Múcio dá um pio, ou se só abre a boca para jogar os judeus e sabe-se lá mais quem contra o seu chefe. Vejamos se caem os dois, pra ver se acaba essa agonia de o avião de Lula quase cair.



Em 1979, Jaime Roldós Aguilera foi democraticamente eleito presidente do Equador, interrompendo uma sequência de governos militares. Ele se opôs aos interesses de petrolíferas norte americanas e foi acusado pelo então presidente Ronald Reagan de se aproximar da URSS. Em 1981 morreu num “acidente” de avião. Houve quem dissesse que havia uma bomba escondida num gravador que carregava consigo. Caso abafado e relegado para o rol ds teorias conspiratórias.
Pouco depois, Omar Efraín Torrijos Herrera, o presidente do Panamá que negociou com Jimmy Carter o retorno do canal para o próprio país – soberania que Trump deseja reverter – também morreu num acidente aéreo. Torrijos negociava como o Japão uma ampliação do Canal do Panamá, quando Reagan assumiu e manifestou indignação com a entrega do Canal aos panamenhos pelo governo democrata. Há documentos que contém fortes indícios de uma bomba detonada no voo.
Há uma ampla literatura sobre esses dois acidentes, com fortes evidências de que teriam sido perpetrados pela CIA.
Ademais há um vasto inventário de mortes de lideranças democratas em acidentes, não somente aéreos, mas também casos de possível envenenamento, mortes súbitas supostamente de causas naturais e acidentes automobilísticos. Em alguns casos, tudo indica que foram fatalidades mesmo. Mas em outros é gritante a coincidência das fatalidades mal explicadas terem acontecido num momento em que as vítimas ameaçavam profundamente os interesses dos EUA.
Os EUA só não tiveram sucesso com Fidel Castro, o maior alvo de tentativas de assassinato pela CIA. Há dúzias de documentos oficiais que comprovam a existência de vários planos fracassados. De acordo com a Inteligência Cubana, forma centenas, conforme o livro 638 Ways to Kill Castro, de Fabián Escalante.
Após três sustos em viagens aéreas, Lula deveria, urgentemente, pedir à Cuba uma cooperação técnica para se prevenir. CIA e MOSSAD não brincam em serviço.
Ronald Reagan era um "gentleman" se comparado com Trump.
Dois acidentes (?) em um ano...🤔
Eu, se fosse o Lula, mudaria de "companhia aérea".