Saudação nazista? Não. Eles gostam é de arejar o sovaco direito
Ou Steve Bannon e Elon Musk queriam apenas, como diria o Ministério Público de Santa Catarina, "emanar energias positivas".
Para saudar os membros do partido neonazista Alternativa Para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão) que foram a Washington para a posse de Donald Trump, Steve Bannon estendeu o braço direito com a mão espalmada para baixo. Elon Musk fez o mesmo para saudar uma lotada Capitol One Arena, em evento da posse de Trump.
"Se fazer a saudação nazista Sieg Heil fosse uma prova olímpica como ginástica, Elon Musk teria recebido uma nota perfeita de 10. Musk acertou até na expressão facial. Sério, Hitler ficaria com inveja", observou o músico Bill Madden.
Não tardou, porém, para que muitos dissessem ter enxergado nos gestos de Musk e Bannon, sobretudo no de Musk, apenas uma “saudação romana”. Nem um, nem outro comentaram diretamente os seus respectivos gestos “polêmicos”. Musk apenas curtiu no X uma postagem que dizia: "Podemos, por favor, parar de chamar as pessoas de nazistas? É cansativo, chato e ultrapassado”.
Como poderia este outro entusiasta da AfD, este bilionário que facilitou a proliferação de perfis neonazistas nas suas redes sociais, este apoiador de teorias da conspiração antissemitas; como poderia Elon Musk se animar para fazer o Sieg Heil?
O que nos remete ao vídeo “A cartada do nazismo”, do programa satírico alemão Browser Ballet. No vídeo, um homem vê passando um oficial da SS e o chama de “nazi”, no que o nazi responde: “O quê? Você me chamou de nazi? Mas que atrevimento! Agora vai me chamar de que também? Extrema-direita? Nazistas, nazistas, nazistas. Todo mundo é nazista”.
O que nos remete também ao vídeo que fizeram em Portugal quando um líder de um partido da direita “moderada” afirmou que “não era fascismo nenhum” a ditadura de Salazar. O vídeo mostra a declaração de Rui Rio e na sequência imagens de eventos salazaristas nos quais a malta se farta de fazer o Sieg Heil: “não era fascismo nenhum. A malta gostava era de arejar o sovaco direito”.
O que nos remete ainda, ora veja, ao Ministério Público de Santa Catarina. Em novembro de 2022, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações (Gaeco) do MPSC afirmou - sem sátira, a sério - que as dezenas de pessoas que levantaram o braço direito com a mão virada para baixo na frente de um quartel em São Miguel do Oeste, durante um ato golpista, não fizeram Sieg Heil nenhum. Apenas quiseram “emanar energias positivas”.
Steve Bannon e Elon Musk não fizeram saudação nazista nenhuma. Mesmo com o frio de rachar em Nuremberg, ou melhor, em Washington, eles apenas arejaram o sovaco direito”.
Quanto ao dono da festa, Trump não chegou, nesta segunda-feira, 20, a fazer saudações “polêmicas” com a mão e o braço direitos. Eles estavam ocupados assinando ordens executivas de revogação de políticas de diversidade, de “emergência nacional” contra estrangeiros e para “acabar com a censura” contra discriminações sociais.
“O führer provavelmente também é um nazista para você, não é?” - diz o oficial da SS do vídeo do Browser Ballet.
O homem responde: “Sim!”.
“Agora já é demais. Insultar o nosso führer! Venha comigo”, revolta-se o oficial, pegando o homem pelo braço.
O homem protesta: “Mas isso é…”
“Já sei, já sei - diz o oficial - ‘métodos nazistas’”.
Elon Musk - An Analysis of His Behaviour
( Roman/Nazi Salute)
In a meticulous analysis of the recent inauguration event for former President Donald Trump, it has been observed that Elon Musk, the wealthiest individual globally, executed two conspicuous gestures reminiscent of the Hitler salute. These actions were deliberate and unambiguous, embodying a symbol historically associated with the atrocities committed by the Nazi regime, which resulted in the deaths of millions. The pertinent inquiry arises: what motivated such a display?
Upon rigorous examination, it becomes evident that Musk’s actions were not merely performative but emblematic of a deeper ideological alignment. Historical records indicate that Musk’s maternal lineage harboured sympathies towards Nazi ideology, with documented instances of Holocaust denial. His father, Errol Musk, has been characterized by pronounced elitist and eugenicist beliefs, further complicating the familial narrative.
The nomenclature of “Elon” is purportedly derived from Errol’s fascination with rocketry during the apartheid era in South Africa, specifically influenced by Wernher von Braun, a former Nazi scientist. This connection is further substantiated by references to von Braun’s science fiction work, “Marsprojekt,” wherein a leader named “Elon” governs a Martian colony. Such historical intersections suggest a deliberate cultivation of ideological continuity.
Musk’s public persona reveals inclinations towards eugenicist thought, advocating for increased reproduction among certain demographics and expressing views that can be interpreted as supportive of hierarchical social structures. His endeavours, ranging from support for specific political movements in Europe to ambitious projects like Mars colonization, can be viewed through a lens that perceives a pursuit of ideological propagation.
The public execution of gestures associated with Nazi symbolism serves multiple functions. It acts as a litmus test for societal tolerance, gauging the extent to which such actions can be normalized or dismissed. The relative silence or muted response from mainstream media and political entities may indicate a broader desensitization or unwillingness to confront such displays, potentially due to complex socio-political dynamics.
In summation, Musk’s actions and historical affiliations suggest a nuanced and deliberate engagement with ideologies that warrant critical examination. The interplay between personal history, public behaviour, and societal response underscores the importance of vigilance in recognizing and addressing the resurgence of such ideologies in contemporary contexts.
GQ