Um soldado, um cabo e um Jeep Commander
Eduardo Bolsonaro está desde fevereiro nos EUA, onde montou um comando anti-Brasil. Em março, o deputado usou R$ 8 mil da cota parlamentar para alugar um Jeep Commander em Brasília.
“Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe”, disse Eduardo Bolsonaro sete anos atrás, no dia 9 de julho de 2018, em um curso em Cascavel (PR) para interessados em prestar concursos públicos, completando em seguida: “manda um soldado e um cabo”.
Eduardo Bolsonaro já ocupava o cargo de deputado federal quando instruiu postulantes a cargos públicos nas artes de fechar o Poder Judiciário, tendo dito o que disse menos de três meses antes de ser reeleito com a maior votação para deputado da história do Brasil.
Como se vê, Jair não é o único Bolsonaro contra o qual não se fez o que deveria ter sido feito no tempo certo para que no futuro, agora, não acontecesse o que está acontecendo. Sete anos depois, parece que Eduardo não acha mais que pode prescindir de um jipe para fechar o STF.
Eduardo Bolsonaro está nos EUA desde 27 de fevereiro último. Depois que viajou, porém, ele continuou usando R$ 8 mil da cota parlamentar, do seu mandato transformado em aliança com potência estranheira para atacar o Brasil, para alugar um automóvel Jeep Commander.
A última nota fiscal disponível no Portal de Transparência da Câmara acusa pagamento de aluguel do carro referente ao período entre os dias 1º e 30 de março.
Na versão mais completa, o Jeep Commander chega a custar R$ 340 mil e tem nome de helicóptero de assalto das Forças Armadas dos Estados Unidos da América: Blackhawk Hurricane.
O aluguel do Jeep Commander no Brasil por deputado que foi montar um comando anti-Brasil no exterior foi feito na Novacar Locadora de Veículos Ltda, de Brasília. Na Receita Federal, quem aparece como sócio-administrador da Novacar é Joel Novaes da Fonseca.
Joel Novaes da Fonseca foi assessor parlamentar de Jair Bolsonaro e do próprio Eduardo Bolsonaro na Câmara dos Deputados e foi assessor especial de Bolsonaro na presidência da República. Os Bolsonaro são, antes de mais nada, uns picaretas, e os bolsonaristas são, antes de tudo, uns manés.