Voltam os terroristas à Praça dos Três Poderes
"Nós estamos nos adestrando e nos preparando para a guerra. Se é guerra que o governo quer, é guerra que o governo terá. Não haverá paz no Brasil enquanto não houver anistia e impeachment de Moraes".
Na tarde desta terça-feira, 5, a poucas horas de o tarifaço de Donald Trump entrar em vigor, dezenas de deputados e senadores bolsonaristas lançaram um segundo ataque ao Brasil, de dentro do Brasil e coordenado com o primeiro, ao impedirem o funcionamento do Congresso Nacional para exigir que os presidentes da Câmara e do Senado pautem a anistia a Jair Bolsonaro.
Há poucas semanas, um dos líderes do ato golpista desta terça, o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), já tinia e retinia escancaradamente, na TV e nos jornais, os termos da extorsão: se o Congresso pautasse a anistia a seu pai antes do início do tarifaço, Trump poderia voltar atrás.
A intentona conta até com o 1º vice-presidente da Câmara, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), que nesta terça chegou a dizer que não quer nem saber: se Hugo Motta se ausentar do país, ele próprio levará o PL da Anistia à votação.
Outro líder do putsch, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), garante que os plenários da Câmara e do Senado só serão devolvidos ao país quando Motta e Davi Alcolumbre alinhavarem o andamento da anistia. Mais cedo, falando à imprensa na área externa do Congresso, Sóstenes convocou os “patriotas” mais uma vez, de novo, a engrossarem uma tentativa de golpe de Estado:
“Brasileiros, nós precisamos de vocês. A partir de agora, nós estamos nos adestrando e nos preparando para a guerra. Se é guerra que o governo quer, é guerra que o governo terá. Não haverá paz no Brasil enquanto não houver anistia e impeachment de Alexandre de Moraes”.
Atrás de Sóstenes, no momento em que Sóstenes declarava guerra - guerra mesmo - à Democracia brasileira, quem está de papagaio de pirata é o deputado Sargento Fahur (PSD-PR), que há dois anos entrou no plenário da Câmara com seu longo bigode e com um revólver à mostra na cintura. Semanas atrás, você irá se lembrar, Fahur e um outro deputado desfraldaram uma bandeira de Trump em plena Câmara, em pleno ataque de Trump ao Brasil.
O deputado que segurou a outra ponta da bandeira é o Delegado Caveira (PL-PA), que nesta terça aparece nas fotos dos deputados com esparadrapo na boca que tomaram de assalto a Mesa da Câmara. Há poucos meses, em maio, Caveira levou para seu gabinete na Câmara um fuzil 5.56 e uma pistola .40.
Se a Democracia brasileira não reagir vigorosa e imediatamente à volta dos terroristas à Praça dos Três Poderes, dois anos e meio após o 8/1, teremos derrotado um cabo e um soldado para entregar o ouro - ou seriam as terras raras - para um sargento e um delegado.
Ninguém merece.
O Sistema deve passar um pente fino neles...
IR, ITR etc
Estão precisando de preocupar com seus negócios...