Entre os apoiadores do governo há três diferentes tipos de aperto no coração diante da demissão de Nísia Trindade do Ministério da Saúde: revolta, fatalismo e pesarosa concordância.
Oi Hugo, concordo com você. Tenho lido o que posso a respeito: estando longe do Brasil há anos, tenho dificuldade em acompanhar processos cuja visibilidade compete com as questões urgentes, e essas se multiplicam. Assim, quando li hoje sobre a demissão, foi surpresa e estranhamento, pois o que eu "vi" (como se vê as coisas que são importantes, mas não estão debaixo do nariz) foi Nisia bancando o mais importante enfrentamento ao bolsonarismo durante a pandemia. A atuação dela foi comentada em âmbito internacional.
Fui tentar entender. Eu trabalhei com a Nisia há uns 30 anos, quando ela ainda encabeçava a Casa de Oswaldo Cruz, e acompanhei a carreira dela depois que nossos caminhos bifurcaram. Não endendi muito bem o fundamento das críticas a ela quanto à comunicação pública. Ora, se é uma questão de comunicação, ou de acertos, jogos de interesse, me parece que seria um ítem secundário e corrigível com medidas internas.
Continuo achando que a história não está bem contada, e que, sim, alguma coisa boa e importante ela fez para deixar desconfortáveis centrão e liberais enturmados.
O Brasil é o único país do mundo obrigando vacinas covid em crianças de 6 meses a 5 anos. Tem noção do peso desse argumento?
Deixa eu ir mais longe. Enquanto o Brasil obriga, países como Alemanha, Reino Unido, Suécia, Dinamarca, Suíça, sequer recomendam para crianças saudáveis. Apenas para uma ou outra, muito doente, depois de um exame médico rigoroso. E mesmo assim, só recomendação, sem ser obrigatório. Pais escolhem se sim ou não.
Ou seja, Nísia transformou o Brasil em desova de produtos farmacêuticos rejeitados pelo mundo. Isso atende interesses de quem?
Ninguém comenta sobre isso. É algo que me impressiona. Devido as palhaçadas do bozó, o assunto ficou assim, sob uma névoa, onde a esquerda, para ser do contra, virou defensora dos lucros de grandes corporações imperialistas farmacêuticas. Aquelas, que até 2019, olhávamos como o que realmente são: capitalistas inescrupulosos que nunca se importaram com nossa saúde.
Ou seja, a esquerda, a partir da pandemia, esqueceu sua principal essência: seguir do dinheiro.
Oi Hugo, concordo com você. Tenho lido o que posso a respeito: estando longe do Brasil há anos, tenho dificuldade em acompanhar processos cuja visibilidade compete com as questões urgentes, e essas se multiplicam. Assim, quando li hoje sobre a demissão, foi surpresa e estranhamento, pois o que eu "vi" (como se vê as coisas que são importantes, mas não estão debaixo do nariz) foi Nisia bancando o mais importante enfrentamento ao bolsonarismo durante a pandemia. A atuação dela foi comentada em âmbito internacional.
Fui tentar entender. Eu trabalhei com a Nisia há uns 30 anos, quando ela ainda encabeçava a Casa de Oswaldo Cruz, e acompanhei a carreira dela depois que nossos caminhos bifurcaram. Não endendi muito bem o fundamento das críticas a ela quanto à comunicação pública. Ora, se é uma questão de comunicação, ou de acertos, jogos de interesse, me parece que seria um ítem secundário e corrigível com medidas internas.
Continuo achando que a história não está bem contada, e que, sim, alguma coisa boa e importante ela fez para deixar desconfortáveis centrão e liberais enturmados.
Pois é, Marília. Nísia sai, Múcio fica.
Pois é...
Prezado Hugo, permita-me, respeitosamente, discordar.
O Brasil é o único país do mundo obrigando vacinas covid em crianças de 6 meses a 5 anos. Tem noção do peso desse argumento?
Deixa eu ir mais longe. Enquanto o Brasil obriga, países como Alemanha, Reino Unido, Suécia, Dinamarca, Suíça, sequer recomendam para crianças saudáveis. Apenas para uma ou outra, muito doente, depois de um exame médico rigoroso. E mesmo assim, só recomendação, sem ser obrigatório. Pais escolhem se sim ou não.
Ou seja, Nísia transformou o Brasil em desova de produtos farmacêuticos rejeitados pelo mundo. Isso atende interesses de quem?
Ninguém comenta sobre isso. É algo que me impressiona. Devido as palhaçadas do bozó, o assunto ficou assim, sob uma névoa, onde a esquerda, para ser do contra, virou defensora dos lucros de grandes corporações imperialistas farmacêuticas. Aquelas, que até 2019, olhávamos como o que realmente são: capitalistas inescrupulosos que nunca se importaram com nossa saúde.
Ou seja, a esquerda, a partir da pandemia, esqueceu sua principal essência: seguir do dinheiro.
Convido-o a ler:
https://filiperafaeli.substack.com/p/os-que-defendem-obrigatoriedade-das
Vou ler, Filipe. Obrigado